Projeto da Faixa Nova não pode repetir erros de outras duplicações de Santa Maria

Deni Zolin

Projeto da Faixa Nova não pode repetir erros de outras duplicações de Santa Maria

O diretor da Engemin, de Pinhais (PR), Jacídio Salgado, que fará o projeto para duplicação futura da Faixa Nova, disse que, em mais de 40 anos na área, foi a primeira vez que uma prefeitura colocou todas as secretarias envolvidas à disposição para ajudar com informações para a confecção de um projeto como esse. Salgado disse que isso é fundamental, pois permitirá que se façam os estudos de forma mais rápida e, principalmente, um projeto que atenda às reais necessidades da cidade.

Além de colaborar com detalhes sobre situação de redes de água, luz e sobre os atuais bairros no entorno da Faixa Nova, a prefeitura auxiliará repassando quantos outros condomínios e empreendimentos estão previstos para a região, além de detalhes como a previsão de construir a Perimetral entre a Faixa Nova e a BR-392 e até duplicar a Estrada de Pains futuramente (acesso secundário à UFSM).

Contagem de tráfego: 1º passo

A contagem de tráfego vai iniciar daqui a 10 dias, com filmagens 24h por dia, durante uma semana inteira, em diversos pontos da Faixa Nova. A partir dessas imagens, técnicos vão contar todos os veículos que passarem em cada horário, classificando-os por tipos, além de ciclistas e pedestres. Essa contagem é fundamental para avaliar a necessidade de obras como viadutos e passarelas, por exemplo. Algumas falhas de outras duplicações já feitas em Santa Maria devem ser corrigidas nessa obra da Faixa Nova. O projeto da RSC-287 já prevê ciclovia, ao contrário da Faixa Velha e da Travessia Urbana, e iluminação e passarelas, estruturas não previstas na ERS-509.

Corredor de ônibus é necessário

Além disso, é fundamental que haja corredor exclusivo para ônibus, o que não foi previsto nas outras duplicações feitas na cidade. Quando a Faixa Nova era uma rodovia federal, o Dnit tinha feito um esboço de um anteprojeto para duplicar os 9 km. Nele, era previsto canteiro central bem largo para que, futuramente, pudesse ser construído um corredor exclusivo de ônibus entre o trevo da Estação Rodoviária e o Trevo de Pains, onde os coletivos seguiriam até a UFSM pela Estrada de Pains, que tem planos de ser duplicada.

Obra em etapas?

Uma vantagem é que o engenheiro responsável pela Engemin Miguel Molina, que estará à frente da confecção do projeto para duplicação da Faixa Nova, tem larga experiência na área. Ele foi diretor de Gestão e Projetos do Daer, até se aposentar, e participou do projeto de duplicação da Faixa Velha. Conhece a realidade de Santa Maria.

Molina diz que o foco do Daer sempre foi fazer melhorias que garantam segurança ao trânsito e que isso é priorizado nas obras de rodovias. A questão é que, quanto mais obras são previstas, como passarelas e viadutos, mais cara fica a duplicação. Daí, para que saiam do papel, depende da disponibilidade de verbas no Orçamento, da necessidade e da pressão política da comunidade.Caso a duplicação fique muito cara, existe a possibilidade de que alguma obra, como um viaduto (que não seja tão necessário agora) ou um trecho, seja deixado para ser construído no futuro. Foi isso o que ocorreu com a Faixa Velha, que foi duplicada em duas etapas, nas décadas de 1990 e 2010. Não é o que Santa Maria e região esperam, pois se já é difícil tirar do papel uma duplicação como essa, imagine se deixar para fazer em duas etapas.

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